O que podemos verificar com a chegada do livro sem ler uma página:
1º – o interesse seletivo dos políticos:
É interessante observar que tivemos neste ano 4 atos nacionais contra a corrupção em que nenhuma CPI ficou entre as demandas. Foram propostas claras, evidenciadas em todos os jornais e o que é que os líderes dos partidos continuam priorizando?? Denúncias e CPIs. A falta de sintonia da “representação” política com a sociedade é impressionante. Os partidos mais uma vez estão na guerra eterna pelo poder e esquecem do povo. Oras, se alguém é a favor da CPI da Privataria por que seria contra a CPI da Corrupção (e vice-versa)?? O problema não é só no congresso, fizemos no dia 15 de novembro a maior marcha contra a corrupção do Brasil (quem participou viu que não há orientação partidária alguma e só são divulgadas propostas). Um dos temas de destaque era a Ficha Limpa Recife – que aplica a legislação federal para cargos comissionados e de confiança municipais, além disso levantamos no dia 9 de dezembro um varal com todas as assinaturas recolhidas e com as cidades que já tinham projeto semelhante (17 com legislação vigente + 34 em tramitação) e o que foi que nossos vereadores comentaram?? Algum comentário? Ligamos para todos os gabinetes, mandamos a todos e-mail, algum comentário sobre a questão??
Apesar de nossas limitações elaboramos um projeto de lei para tal questão, já foi enviado ao presidente da Câmara e estamos esperando uma resposta.
2º – mídia seletiva – precisa dizer algo sobre isso?? O silêncio revelador. Como os jornais/revistas querem ostentar independência ou imparcialidade depois do lançamento desse livro? Se o conteúdo é notícia requentada, continua sendo notícia e pela repercussão gerada deveria ser amplamente divulgado.
No meio de toda essa seleção, infelizmente, o resultado final são políticos mais fortes e outros mais fracos. E o povo mais uma vez ficou de fora do processo! Teve seus interesses esquecidos e sua fonte de informação desqualificada. Por isso não devemos ceder à omissão. Devemos ser ativos, ir às ruas, debater, reivindicar propostas!!! Precisamos mudar esse curso, porque eles não o farão, faz parte da natureza deles - somos privados de representação.
