terça-feira, 23 de outubro de 2012

Roubaram meu Voto

Sempre estive seguro que não importa o quanto os quatro anos de um governante possam ter sido ruins, com a chegada das eleições tudo poderia mudar. Devo ser um otimista, afinal, assim como metade dos olindenses estava insatisfeito com o prefeito, então seria nossa oportunidade de mudança. Será? Depois desses meses eu acredito que não. Lutar contra a corrupção em um país como o Brasil requer fortes convicções, vivemos sob constantes questionamentos que atravessam desde nossas motivações até o que chamamos de cidadania. Muitos me perguntaram o que me motivava a levantar cedo em um sábado para bater de frente com a situação política brasileira? Durante uma panfletagem sobre o aumento do salário dos vereadores recifenses me indagaram: Então em quem eu deveria votar? Como um bom manifestante apartidário eu não indicaria ninguém, mas essa questão me fez refletir sobre em quem eu votaria. Pensando em como um cidadão se torna candidato por uma determinada coalisão, notamos que ele é eleito através de reuniões ou votações internas. O que é ocorre uma verdadeira guerra de influências para conseguir se candidatar. Em teoria vemos que os partidos realmente tinham tudo para funcionar, afinal, se o povo participasse do processo de eleição dos candidatos, seria democrático, mas na verdade não é o que acontece. Por conta do desinteresse da população pelas ideologias partidárias e pela falta de fiscalização desses processos internos, os mesmos se tornaram ferramentas de conquista do poder, deixando a população sem opção e desprotegida, o resultado é o que estamos vendo nessas eleições municipais. Em Recife vimos verdadeiras tsunamis. Começou com a onda vermelha de Humberto, passou pela onda verde azulada de Daniel Coelho, agregou a onda azul de Mendonça e que juntamente com a onda amarela de Geraldo Júlio desaguam em um show de promessas que afogariam qualquer esperança dos recifenses que essas propostas possam ser realmente cumpridas. Geraldo conseguiu virar piada com tantos feitos concluídos. No facebook, acidente de carro, mulher grávida, pizza, ou qualquer outra coisa acaba no: “Foi Geraldo que fez”. Daniel de tão carismático e inflamado com o microfone lembra por demais nosso ex-presidente Collor de Melo. Humberto sofrendo uma grande derrota política por incapacidade de administrar seu próprio partido e sofrendo as pressões do mensalão. Finalmente Mendonça que mais parece Getúlio Vargas de tantas propostas populistas. Voltando para Olinda, a cidade onde votarei, o desespero toma conta do eleitor. De um lado Renildo Calheiros, um prefeito incompetente com grande índice de rejeição, mesmo tendo as esferas federais e estaduais aliadas a sua coalizão de impressionantes 17 partidos. Do outro a filha de Jacilda, a quem me reservo o direito de nem sequer gastar muitas linhas. Vou apenas lembrar a edição Nº1851 de 28 de Abril de 2004 da Veja que afirma que se trata da ex-prefeita recordista de desvio de verbas públicas segundo o TCU. Mas nessas eleições também elegeremos nossos vereadores, e como otimista, quero acreditar que existem bons entre tantos que se candidatam. Mas acontece, meu caro leitor, que encontrar um cidadão de caráter no meio de nossos representantes, não tem sido fácil. Então, respondendo a pergunta dos recifenses, eu realmente não sei em quem votar. Isso significa que meu voto não será aplicado com intuito de escolher um representante bom, mas sim escolher o “menos ruim”. Sendo assim, o poder do voto de servir de defesa se foi. O Mas acontece meus caros, é que dia 7 de outubro, teremos que escolher alguém para nos representar e nosso voto nos custará muito caro. Para melhorar nossa situação devem acontecer duas coisas quase impossíveis: Nossos políticos tomarem vergonha e trabalham em prol da nossa sociedade; e a população passar a se interessar pelos processos partidários. Sinceramente, não sei qual dos dois seria mais complicado. Henrique Nápoles Coordenador Organização Pernambucana Contra a Corrupção

domingo, 7 de outubro de 2012

Sobre votos válidos, nulos e brancos



Texto originalmente publicado em: http://www.guiadedireitos.org/index.php?option=com_content&view=article&id=1057&Itemid=275 

  • Votos válidos: São os votos nominais ou de legenda que são contabilizados para o resultado da eleição. Os votos nominais são aqueles votos dados a candidatos regularmente registrados e os votos de legenda são aqueles dados à legenda do partido político ou da coligação partidária.
  • Votos Brancos: Na Urna Eletrônica há uma tecla especial para esse tipo de voto. Há nessa tecla a palavra “BRANCO”.  O voto em branco não é contabilizado para o resultado da eleição.
  • Votos Nulos: Um voto é nulo quando o eleitor disca na urna eletrônica um número aleatório que não corresponde a nenhum candidato ou partido registrado. O voto nulo não é contabilizado para o resultado da eleição.
  • Importância dos Votos Nulos e Brancos: Os votos brancos e os votos nulos não são considerados como votos válidos pela Legislação Eleitoral. Ambos são excluídos das contagens e não são contabilizados para nenhum candidato ou partido. Entretanto, são considerados votos muito importantes em seu valor simbólico. Anular o voto ou votar em branco pode representar uma forma de protesto e de não identificaçãocom nenhum dos candidatos elegíveis.